17 março, 2013

Fragmento de poema

Do tempo. Aoste. FR.

Deixará o poeta anónimas algumas
das palavras que deus lhe pôs na boca
ou esses longos versos onde cabe a emoção?
Quantas vezes nesse obscuro instinto de escrever
o poema terá sido para ele
mais que o lugar onde ia ver-se livre
das palavras que o sobrecarregavam?
Estará ele disposto a abandonar o requintado gosto
que têm as leituras junto ao vão da janela?

Senhores dos planos de urbanização
responsáveis pela paisagem
cuidado com o poeta na cidade
Não há nem pode crescer na rua
árvore mais inútil que a palavra poeta



Ruy Belo


...

Finalmente consegui uma tarde de domingo cinzenta e melancolica para cuidar de meu Patio abandonado... desde a chegada à França meus dias se perderam de mim, dificil encontrar-me tao longe assim... mas, quem sabe?

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