Quem sabe a força que tem
Carrega as pedras que pode
E constrói a casa que lhe cabe
Não nega a vida por medo
Nem mesmo diante da morte
Quem não se entrega fácil
Sabe que a lida é difícil
Mas a vontade, inabalável
Quando o sonho é indelével
Blindado o coração que pulsa
E quente o sangue vermelho
Velho o que não se renova
Incrustado em seu escafandro
Conformismo é camisa-de-força
É forca para os derrotistas
Solidão não é igual a liberdade
Nenhum caminho é possível
Quando não se tem para onde ir
O som do silêncio ensurdece
No meio da calada da noite
A flecha de fogo e o azougue
Riscando a floresta escura
É dura a luta de cada dia
E doce o que há no horizonte
Tiago Moreira*
Foto: Simples e bello, como a vida deveria. Rancho Queimado.
Um comentário:
Grato e lisonjeado pela lembrança aqui, adorei a imagem.
Beijos, Dear Baby.
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