E ainda pareça tarde, ou que não seja, tanto faz se há luz e se o sol brilha nas manhãs em algum lugar: é para lá que irei! Mesmo longes, restam caminhos. Não tantos quanto sonhei, mas tantos quanto possíveis. E os possíveis só se dão na realidade: porque ela é bruta. Por isso que se lapida: porque ela é bruta!

E ainda que cansada não posso parar, não podemos, e só nos movemos se temos um norte ou mesmo um sul, qualquer ponto que não esse em que já estamos, senão morremos, sim, morremos, e há tantas formas de morrer mesmo que vivos.
Erguer a cabeça, olhar pra frente, pras coisas, pros outros, juntar os membros e sonhos espalhados, levantar! E mesmo que seja doloroso (porque é, apesar de simples), e mesmo que seja terrível (porque é, apesar de belo), e mesmo que sejamos tão outra coisa do que desejávamos, vale viver - eu lhes digo - porque não estamos sozinhos, não estamos: basta estender os braços
ainda que pareça tarde.
Para você, Pedro, sobrenome 'Esperança', que sempre está aqui.
Foto: Pequeno guerreiro. Santo Antônio de Lisboa. Florianópolis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário