A minha ilha não existe mais
Será que o mar já percebeu
Ela desapareceu
Ah se não fosse o amor
Pra recolher o óleo que vazou
Mas ninguém viu a marca no meu corpo
Como é que pode alguém entrar
E dentro se desmanchar?
Nunca esqueça as oferendas
Quando contar na rua as nossas lendas
Mudei pra laje de um prédio vermelho
No alto é sempre bem melhor
Pra quem vive só
Ah se não fosse o amor
E a força incrível do seu reator
Dentro do mar o velho marinheiro
Na sua orelha um brinco de anzol
Brilha seu brinco no alvo do sol
Brilha seu brinco no alvo do sol
Chamei você
Mas você não veio
Eu entendi que era normal
Nada pessoal
Ah se não fosse o amor
Lirinha
Foto: A minha ilha não existe mais. Beira-mar. Flrorianópolis.
. . .
Dia desses vi um programa "Ensaio" com José Paes de Lira, mais conhecido como Lirinha, vocalista da performática banda "Cordel do fogo encantado", que me impressionou deveras. Crescido em meio a cantorias de viola no sertão pernambucano, Lirinha faz uma música única, inovadora. Sua voz traz a força e a aridez dos nordestinos, e toda beleza daquelas terras.
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