As coisas que procuro
Não têm nome.
A minha fala de amor
Não tem segredo.
Perguntam-me se quero
A vida ou a morte.
E me perguntam sempre
Coisas duras.
Tive casa e jardim
E rosas no canteiro.
E nunca perguntei
Ao jardineiro
O porquê do jasmim
- Sua brancura, o cheiro.
Queiram-me assim.
Tenho sorrido apenas.
E o mais certo é sorrir
Quando se tem amor
Dentro do peito.
Hilda Hilst
Foto: Dos risos. Beira-Mar Norte. Florianópolis.
2 comentários:
e quando não se tem?
fui reler esse poema, e a sensação de vazio tomou conta de mim.
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