22 janeiro, 2012

Do escrever



O que é escrever?

Segundo Sartre, escrever é uma ação de desnudamento. O escritor revela ao escrever, revela o mundo, e em especial o Homem, aos outros homens, para que estes tomem, em face ao objetivo assim revelado, a sua inteira responsabilidade. Não basta ao escritor ter escrito certas coisas, é preciso ter escolhido escreve-las de um modo determinado, expondo seu mundo, com elementos estéticos, de criação literária.

Por que escrever?

O homem que escreve tem a consciência de revelar as coisas, os acontecimentos; de constituir o meio através do qual os fatos se manifestam e adquirem significado. Mesmo sabendo que, como escritor, pode detectar a realidade, não pode produzi-la; sem a sua presença, a realidade continuará existindo. Ao escrever, o escritor transfere para a obra uma certa realidade, tornando-se essencial a ela, que não existiria sem seu ato criador.

Para quem escreve?

Ao escrever, o escritor, segundo Sartre, deve solicitar um pacto com o leitor, que ele colabore em transformar o mundo, a sua realidade. O escritor dirige à liberdade de seus leitores. A Literatura é a tentativa do homem-escritor de criar uma realidade que possa ser exibida no mundo real e modificar as estruturas da sociedade humana.



* retirado de: poesiaparapoucos.blogspot.com


Foto: Campo de possibilidade. Photo on the road. 
...


Finalmente consegui arrancar um tempo destes dias de janeiro para voltar a postar. Inspiração pouca, cansaço ainda do ano passado, mas muitas fotos em meu celular novo. Fica aqui o desejo de que sejamos melhores para este ano que começa já a mil. Nada melhor que começar o ano falando de Sartre e sua visão sempre atual da vida e do mundo e de nós neste mundo. Muita arte, inspiração, trabalho, coragem, criatividade e amor! 



Um comentário:

Felicidade Clandestina disse...

bela postagem, minha querida. e sempre carregada de sensibilidade.



ps: quando crescer, quero aprender a tirar foto como você :)
beijo!

patiodotempo.blogspot.com

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"e o mundo é meu, o mundo é seu, de todo mundo..." Zeca Baleiro